Preconceito Lingüístico
Autor: Marcos Bagno
No livro, percebe-se que o autor faz inferência ao preconceito lingüístico, elencando comparações com a norma culta, pois muitos colocam a dita “culta” como correta, discriminando os dialetos, idioletos, a prática do gerúndio, entre outras formas de comunicação informal.
O autor faz alusão ao ensino gramaticalista que reprime os talentos naturais, incute insegurança na forma de se comunicar, causando medo à expressão espontânea dos futuros escritores. Desta forma evidencia-se que a prática normalista propagada por muitos lingüistas está em contradição com a real finalidade da comunicação, seja ela oral ou escrita, que é fazer-se entender, independente das variações diatópicas.
Segundo o autor, uma língua nunca deixa de crescer, está sempre em evolução, a língua é viva, pois são pessoas vivas que as pratica. Existem alguns gramáticos que objetiva parar num certo ponto a língua, e acham que todos aqueles que ultrapassam esse ponto, está fora dos padrões dos clássicos, como se estivessem avançando o semáforo com o sinal vermelho, ou seja, teria que ser multados, ridicularizados perante a sociedade, que contraditoriamente, está em constante evolução.
Para Bagno, uma das formas de romper essa barreira imposta erroneamente pela elite normalista, só acontecerá quando o professor tiver uma postura reflexiva a par dos avanços das ciências da linguagem e da educação: lendo literatura científica, assinando revistas especializadas, participando de cursos de formação continuada, debatendo em congressos e levantando suas inquietações em mesas-redondas.
Quando os professores se posicionarem dessa forma, os alunos perceberão que toda língua viva é uma língua em decomposição, em recomposição, em permanente transformação e que tudo muda no universo e, que a língua não escapa a essa regra.
Referência bibliográfica:
BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico, o que é, como se faz. 42ª edição, Editora Loyola. São Paulo, 2006.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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